Uma noite bonita

Eu sei eu sei... já lá vai muito tempo, mas tenho tido pouco tempo e pouca cabeça para aqui escrever e pronto :)
E numa destas noites fui até Braga assistir a um concerto. Tive pouquíssimo tempo para ver a cidade (foi mesmo só ir até ao restaurante onde jantámos!), mas fiquei com vontade de lá voltar e visitar Braga em condições. Ruinhas lindas e uns cafezitos que dá vontade de lá passar tardes a ler um bom livro... Adorei a magia da cidade (só comparável ao que senti quando fui a Guimarães). E é mesmo uma cidade bonita :)
O concerto foi deste senhor. Um concerto muito simples e intimista e bonito por isso :) E assisti no Theatro Circo, uma sala de tirar o fôlego de tão linda que é... Nunca pensei termos uma sala de espectáculos tão bela cá em Portugal! Foi inaugurada em 1915 e demorou 10 anos a ser recuperada. Actualmente tem uma oferta bastante boa em qualidade e quantidade e para quem é do Norte vale mesmo a pena ir até lá... é mesmo bonita!

E foi assim a minha noite bonita :)

Concertos a que tenho ido

Pois e no meio de ver a bicharada à lupa e de tocar contrabaixo fui a uns quantos concertos :) Exceptuando os do Enterro, destaco o concerto do Kusturika e da The No Smoking Orchestra no Porto (finalmente fui ver o senhor!) e o da Orquestra Sinfónica Juvenil da Venezuela Simón Bolívar, dirigida pelo Gustavo Dudamel, em Lisboa. O 1ro concerto foi muito divertido e um tanto ou quanto bizarro... Aquela banda é muito doida, mas são mesmo muito bons e a verdade é que animam toda a gente :) O segundo foi um dos concertos clássicos da minha vida! Uma orquestra de 200 músicos jovens, que resultam dum projecto incrível em que pegam em garotos carenciados e proporcionam-lhes aulas de música. Daqui resultam músicos bastante bons e o maestro... mesmo incrível e apenas com 28 anos! Aqui está uma boa descrição do que foi o concerto, mas para quem não quiser ler tudo deixo um pedacinho do que foi um dos momentos mais espantosos dessa noite: "Depois veio a festa total. As luzes apagaram-se e quando se voltaram a acender o palco foi invadido pelas cores da bandeira da Venezuela, dos blusões e bonés que todos os instrumentistas tinham entretanto vestido. Ao longo dos contagiantes ritmos sul-americanos do encores os músicos levantaram-se, fizeram dançar (literalmente) os seus instrumentos e começaram a atirar os bonés e blusões para o público, que ficou ainda mais eufórico." (in Ipsilon)

fotos de Rosa Reboreda e alguém do conservatório ;)